Quais variações anatômicas radiográficas e tomográficas podemos encontrar?

 

Prezado cirurgião-dentista, aprofunde seus conhecimentos sobre o forame mentual.

O nervo alveolar inferior penetra no forame da mandíbula e percorre o interior do osso pelo canal da mandíbula até o  incisivo central.

 

Aproximadamente na altura do segundo pré-molar, o nervo alveolar inferior emite um ramo colateral, que é o nervo mentual, o qual emerge pelo forame de mesmo nome, para fornecer sensibilidade geral às partes moles do mento.
O forame mentual, na grande maioria dos casos, localiza-se entre os pré-molares inferiores.
Outrossim, ele é usado como referência em técnicas anestésicas, como o bloqueio do nervo incisivo e do próprio nervo mentual.
Dentro do canal da mandíbula, o nervo alveolar inferior se ramifica, porém seus ramos se anastomosam desordenadamente para construir o plexo dental inferior, do qual partem os ramos dentais inferiores que vão aos dentes inferiores (nervo incisivo).
Segundo a classificação de Joudzbalys et al. (2018) – vide imagem; a abertura do forame mentual pode se apresentar em posição: A = superior, B = posterossuperior; C = vestibular; D = mesial/anterior; E = posterior.
Além disso, deve-se considerar variações quanto à forma e localização do loop, a fim de se evitar riscos cirúrgicos.
A tomografia computadorizada de feixe cônico é um exame acurado para a localização do canal da mandíbula e forame mentual.
Além disso, pela suas propriedades tridimensionais, ou 3D, a tomografia computadorizada volumétrica, ou tomografia cone-beam, permite o diagnóstico de forames duplos, dentre outras variações anatômicas.
Muitas vezes essas variações anatômicas não são passíveis de detecção em radiografias.
O correto diagnóstico, resulta em um melhor planejamento e, consequentemente, redução de intercorrências e um prognóstico mais favorável do caso.