Autor(es): Marilia Oliveira Morais, Elismauro Francisco de Mendonça (Orientador)

 

Modalidades de tratamentos para o câncer de cavidade oral resultam em efeitos adversos locais que podem gerar interrupções da radioterapia e consequentemente influenciar na sobrevida do paciente. Para a redução e controle dos efeitos adversos, protocolos de preparo do paciente oncológico são estabelecidos por equipes odontológicas antes, durante e pós-tratamento radioterápico e quimioterápico. Objetivo: Verificar a adesão dos pacientes portadores de câncer de cavidade oral ao protocolo preventivo odontológico e seu impacto na interrupção da radioterapia e sobrevida do paciente. Pacientes e método: Neste estudo foram selecionados 133 casos de câncer de cavidade oral submetidos à radioterapia. Os pacientes foram classificados de acordo com o tempo de adesão odontológica: sem adesão (grupo I), adesão inferior ou igual a 6 meses (grupo II) e adesão superior a 6 meses (grupo III). Foram investigadas as características clínico-patológicas, ocorrência de interrupção da radioterapia, sobrevida livre de doença e sobrevida global. Resultados: A ocorrência de interrupção por sintomas foi estatisticamente significante no grupo III quando comparado ao grupo I (p=0,01). A frequência e a duração de interrupção por sintomas não foram estatisticamente significante entre os grupos. A conclusão da radioterapia foi estatisticamente significante no grupo com adesão superior a 6 meses (p=0,02). A sobrevida dos pacientes foi maior no grupo III (p=0,01) quando comparado aos demais grupos. Conclusão: A adesão ao protocolo não teve impacto sobre interrupção da radioterapia devido ocorrência da interrupção por sintomas, no entanto, pacientes que tiveram adesão ao protocolo preventivo odontológico apresentaram um melhor índice de sobrevida livre de doença e de sobrevida global.

 

Palavras Chaves: carcinoma espinocelular, odontologia preventiva, radioterapia, suspensão do tratamento e taxa de sobrevida.

 

Texto completo disponível em: Repositório da UFG