Autores: Bessa, Vitória Siqueira1; Batista A Gabriela1; Bueno, Juliano Martins2; Morais, Marilia Oliveira3

¹ Aluna do curso de Odontologia da Faculdade Evangélica de Goianésia – FACEG.

² Radiologista e professor do Curso de Especialização em Radiologia Odontológica e Imaginologia da C.I.R.O. – Diagnóstico Odontológico por imagem.

³ Professora de Diagnóstico bucal do curso de Odontologia da Faculdade Evangélica de Goianésia.

*Relato de caso publicado nos anais VI Conint Congresso interdisciplinar, Goianésia, Goiás.

 

INTRODUÇÃO

 

O defeito ósseo de Stafne, cisto ósseo de Stafne, cisto ósseo latente ou cisto ósseo estático, comumente, é caracterizado radiograficamente como uma imagem radiolúcida ou radiotransparente de margens ósseas definidas, assintomática, localizada na região lingual de mandíbula próximo ao ângulo de mandíbula. A tomografia computadorizada odontológica (tomografia odontológica, tomografia volumétrica, tomografia computadorizada de feixe cônico ou cone-beam) mostra uma concavidade óssea hipodensa delimitada parcialmente por um halo hiperdenso. Em geral, essa concavidade pode ser preenchida por tecido glandular ou muscular.

Sua causa é desconhecida, mas alguns autores acreditam que seja uma alteração de desenvolvimento. Em geral, o diagnóstico é baseado nas características clínicas e radiográficas ou imaginológicas, mas a depender da localização é necessário o diagnóstico diferencial de cisto periapical. A tomografia computadorizada odontológica (tomografia odontológica, tomografia volumétrica, tomografia computadorizada de feixe cônico ou cone-beam) pode ser necessária para a determinação dos limites da lesão. O diagnóstico final é determinado baseado nos aspectos clínicos e imaginológicos, não havendo a necessidade de biópsia incisional local.

 

OBJETIVO

 

Paciente R.R.S, gênero masculino, 43 anos, compareceu a clínica de radiologia odontológica C.I.R.O, na cidade de Goiânia, com a finalidade de realizar uma tomografia computadorizada odontológica (tomografia odontológica, tomografia volumétrica, tomografia computadorizada de feixe cônico ou cone-beam). O cirurgião-dentista solicitante relatou a presença de uma imagem radiolúcida, circunscrita próxima ao dente 37, sugestiva de um cisto periapical. Ao exame clínico, o dente 37 teve teste de vitalidade pulpar positivo. Após realização da tomografia computadorizada odontológica (tomografia odontológica, tomografia volumétrica, tomografia computadorizada de feixe cônico ou cone-beam), foi constatado uma lesão hipodensa, circunscrita, de margens bem definidas, localizada na região lingual próximo ao ápice radicular do dente 37, medindo 11,3 x 5,9 mm em sua maior extensão. Após a avaliação da história clínica e das imagens tomográficas, o diagnóstico final foi de defeito de Stafne, cisto ósseo latente ou cisto ósseo estático.

 

Figura 1: Imagem hipodensa, circundada por um halo hiperdenso localizada na região lingual do dente 37. tomografia computadorizada odontológica (tomografia odontológica, tomografia volumétrica, tomografia computadorizada de feixe cônico ou cone-beam), corte transversal mesio-distal (A) corte axial (B) e corte transversal vestíbulo-lingual (C).

 

CONCLUSÃO

 

Diante disso, conclui-se que a tomografia computadorizada odontológica (tomografia odontológica, tomografia volumétrica, tomografia computadorizada de feixe cônico ou cone-beam) foi um método auxiliar determinante para o diagnóstico diferencial do defeito ósseo de Stafne e cisto periapical.

 

REFERÊNCIAS

 

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SILVA, N. C. et al. Defeito ósseo de Stafne e a importância da tomografia no diagnóstico: um relato de caso. Revista da Faculdade de Odontologia – UPF, v. 23, n. 3, p. 339–342, 18 dez. 2018.

VILLORIA, Eduardo Murad et al. Diagnóstico do defeito ósseo de Stafne por meio de tomografia computadorizada de feixe cônico: relato de caso. Revista da Faculdade de Odontologia de Lins, v. 23, n. 1, p. 53-58, 2013.

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