O desafio no diagnóstico
A perfuração radicular se caracteriza por uma abertura artificial que cria uma conexão entre os canais radiculares e o tecido periodontal.
No decurso de um tratamento endodôntico, espera-se que o cirurgião-dentista alcance o sucesso e a conclusão satisfatória do procedimento.
No entanto, é importante destacar que todo tratamento endodôntico está sujeito a insucessos, os quais podem se manifestar de diversas formas, inclusive através da perfuração radicular, um resultado indesejado e potencialmente grave.
A perfuração radicular é um incidente imprevisível que pode ocorrer durante o tratamento endodôntico.
Esse problema pode ser desencadeado por diversos fatores, dentre eles as iatrogenias (que podem surgir por falta de conhecimento da anatomia dentária, calcificação ou mal direcionamento de desgastes, dentre outros).
Sendo assim, quando houver suspeitas de perfuração radicular, é aconselhável que a confirmação e o tratamento ocorram o mais breve possível.
Quando não se detecta a perfuração através do exame periapical com variação da angulação horizontal (técnica de Clark), indica-se a solicitação da tomografia computadorizada de alta resolução (PreXion).
Nesse sentido, ela auxiliará o cirurgião-dentista a identificar possíveis desvios do acesso endodôntico.
Dessa forma, será possível caracterizar esse diagnóstico que é considerado bastante desafiador.
É importante ressaltar que quanto mais cedo for confirmada e identificada a perfuração radicular, mais favorável será o tratamento.
Em grande parte dos casos, é necessário a realização da selagem da perfuração o quanto antes, para evitar contaminações por bactérias.
Isso por que elas poderão acarretar em consequências infecciosas e, possivelmente, levar à perda do dente acometido.
